Uma cidade para pessoas deve ser acessível, segura, compartilhada, ativa e coletiva, sendo necessária a democratização e distribuição harmônica do espaço viário, a implementação de velocidades compatíveis com toda a diversidade de pessoas, a integração entre os diferentes modos de transporte e o compartilhamento das infraestruturas. Garantindo-se essas características, é possível transformar ruas em lugares de convivência seguros, confortáveis e inclusivos para todos os meios de transporte e para todas as pessoas.
Muitas ciclovias e ciclofaixas já são utilizadas por pedestres, com destaque para pessoas idosas, com deficiência ou mobilidade reduzida, catadores, pessoas com carrinho de bebê ou carrinho de feira. Trata-se de uma realidade que nem sempre está garantida por lei, mas que deve ser incorporada às políticas públicas.
SEGURANÇA
A redução dos limites de velocidade das vias para valores compatíveis com as velocidades das pessoas é uma medida fundamental para melhorar a segurança viária e salvar vidas. Além de ser um modo eficiente para evitar ocorrências, também ajuda a amenizar sua severidade, garantindo a integridade daqueles que caminham e pedalam pelas cidades.
COMPARTILHAMENTO
Apesar das diferenças das necessidades particulares de cada modo de transporte, é possível e desejável que as infraestruturas para o caminhar e o pedalar possam ser compartilhadas pelos modos ativos. Mesmo quando não compartilham o mesmo espaço, a relação entre eles é mutuamente benéfica. Muitas vezes a calçada abriga espaços dedicados a ciclistas – como paraciclos -, e a presença de ciclovias melhora a experiência do pedestre ao trazer um maior distanciamento do fluxo de veículos motorizados.